Blogtrip: Caminho Português de Santiago Interior

Dez blogs associados da ABVP foram convidados a explorar o recém certificado Caminho Português de Santiago Interior

A convite do conjunto de municípios atravessados pelo Caminho Português de Santiago Interior (Viseu, Castro Daire, Lamego, Peso da Régua, Santa Marta de Penaguião, Vila Real, Vila Pouca de Aguiar e Chaves), dez membros da ABVP – Associação de Bloggers de Viagem Portugueses percorreram uma parte deste percurso, que hoje já não se destina apenas a turismo religioso.

A visita decorreu de 19 a 22 de setembro, com a participação dos seguintes blogs (por ordem alfabética): Comedores de Paisagem (Ana Mineiro), Explorandar (Diana Bencatel e Ricardo Mendes), Ir em Viagem (Marcelo Andrade), Joland (Maria João Proença), Lovely Lisbonner (Sónia Justo), Lugares Incertos (Jorge Duarte Estevão), Num Postal (Gonçalo Henriques), O Berço do Mundo (Ruthia Portelinha), Passaporte no Bolso (Mónica Rodrigues Alves) e Tempo de Viajar (André Parente).

© D.R.

O Caminho do Interior

Com um percurso superior a 200 quilómetros desde Viseu, o ponto de partida proposto no programa, até Chaves, ponto de chegada, apenas se tomou o gosto ao caminho pedestre aqui e ali, meia dúzia de quilómetros de cada vez.

Mas, mesmo por estrada, ficou provado que o Caminho Português de Santiago Interior é um itinerário que vale a pena fazer: além do seu valor cultural, histórico e religioso, este percurso acompanha também o traçado da N2 nesta região do centro e norte, unindo uma diversidade de paisagens e cidades visivelmente carregadas de história.

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A blogtrip

A viagem começou então em Viseu, com um passeio pelo centro histórico, percorrendo a Rua Direita e a Praça da Catedral. De Viseu, avançou-se por terras de Castro Daire, onde a paisagem serrana esconde mimos como a igreja de S. Pedro, em Mões, e o belíssimo panorama da serra do Montemuro e margens do rio Paiva.

Foi aqui que se experimentou, pela primeira vez, o caminho de terra, e numa paragem na aldeia de Moura Morta se conheceu um projeto em curso: a recuperação e adaptação de antigas escolas primárias, transformando-as em confortáveis albergues para peregrinos que rumam a Santiago.

O Caminho seguiu depois em direção à próxima cidade monumental: Lamego, onde se visitou a catedral e o Teatro Ribeiro Conceição, se subiu ao castelo e ao incontornável Santuário de Nossa Senhora dos Remédios, ambos com vistas fantásticas sobre a cidade e arredores.

Caminho do Interior
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Ainda houve tempo para um refresco nas caves Raposeira, antes da partida para Peso da Régua, onde se entrou simbolicamente a pé, atravessando já quase ao pôr do sol a ponte pedestre sobre o rio Douro (foto de entrada, de Gonçalo Henriques , do blog numpostal.com). A Casa do Douro e o fabuloso Museu do Douro ficaram para o dia seguinte, antes de se continuar viagem para Santa Marta de Penaguião.

Desde a Régua que o Caminho do Interior mergulha na zona protegida pela UNESCO do Alto Douro Vinhateiro, uma experiência curta, mas belíssima. E é junto a um miradouro, durante o pequeno-almoço oferecido pela Câmara Municipal de Santa Marta de Penaguião, que se pôde confirmar que esta é, com toda a certeza, uma paisagem única no mundo.

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O percurso continuou até Vila Real, onde os bloggers visitaram a Catedral e depois o Museu da Vila Velha, para um Porto de Honra com vista para os passadiços do rio Corgo, e uma curta apresentação da história da cidade.

Rumo a Vila Pouca de Aguiar, terminou-se o dia calcorreando mais um troço do Caminho, entre Tourencinho e Parada, conhecendo-se outro albergue-escola, tão bem apetrechado para receber peregrinos como o anterior.

Foi em Vila Pouca que o dia terminou, e de lá se continuou, a pé, no que seria o último dia da blogtrip. Caminhou-se até Vila Meã, para experienciar mais um troço deste Caminho Interior de Santiago. Um pouco adiante, o trilho dos peregrinos passa pelo parque de Pedras Salgadas, onde se pode beber a água naturalmente gasosa que ali brota.

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O dia terminou com uma visita a Chaves que, além de fazer parte do Caminho Português Interior e ser quilómetro zero da famosa EN 2, é também a antiga Aquae Flaviae, cidade romana termal.

Hoje, as termas estão abrigadas e abertas à visita no Museu das Termas Romanas, ali mesmo, na zona histórica da cidade. Ainda houve tempo para dar conta de outros vestígios de peso da presença de Roma, na ponte e no Museu da Região Flaviense.

A visita terminou com um almoço de despedida e um copo de água termal morna na buvette pública, junto ao rio Tâmega. Já o fim oficial da ação foi assinalado por um brinde no posto de turismo, acompanhado pelos tradicionais pastéis de Chaves.

Publicações (em atualização)

Cada um dos participantes criou conteúdos variados nas redes sociais e, após a viagem, também os seguintes artigos, apresentados por ordem de publicação, para além de uma crónica num jornal local, intitulada Da mesa até ao coração:

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Ana Mineiro
Ana Mineiro

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